Galpão das Artes é Pontinho de Cultura e agora Ponto de Memória



Para atender os diferentes grupos sociais do Brasil que não tiveram a oportunidade de narrar e expor suas próprias histórias, memórias e patrimônios nos museus, o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC), em parceria com o Programa Mais Cultura e Cultura Viva, do Ministério da Cultura; com o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci/Ministério da Justiça) e com a Organização dos Estados Ibero–americanos (OEI), apoia ações de memória em comunidades populares das cinco regiões do país, por meio do Programa Pontos de Memória.

Os Pontos de Memória têm por concepção reconstruir e fortalecer a memória social e coletiva de comunidades, a partir do cidadão e de suas origens, histórias e valores. Com metodologia participativa e dialógica, trabalham a memória de forma viva e dinâmica, como ferramenta de transformação social.

Em estágio pleno de desenvolvimento, os Pontos de Memória são capazes de promover a melhoria da qualidade de vida da população e fortalecer as tradições locais e os laços de pertencimento, além de impulsionar o turismo e a economia local, contribuindo positivamente na redução da pobreza e violência. Também são considerados espaços de referências nos territórios, por estarem associados a locais de riqueza histórica e cultural.

Além disso, os Pontos valorizam o protagonismo popular e concebe o museu como instrumento de mudança social e desenvolvimento sustentável. Ademais, entendem a memória como resultado de interações sociais e processos comunicacionais, os quais elegem aspectos do passado de acordo com as identidades e interesses dos componentes do grupo. Ainda por considerarem o patrimônio cultural como um processo social afirmativo de identidade coletiva e cidadania.

A especificidade do agora Ponto de Memória Galpão das Artes é estruturado no triângulo que atende a memória da infância com seus brinquedos populares, mestres da cultura popular da região agreste setentrional e zona da mata norte de Pernambuco e  a memória do Coronel Chico Heráclio.
Telas da Artista Plástica Rosélis Alves
No primeiro vértice, dedicado aos brinquedos tradicionais apresenta artesãos como Jorge Raimundo com seu Mané Gostoso, Seu José,  com seu rói rói e Miro  com suas marionetes, natural de Carpina os dois últimos.

Além dos brinquedos em exposição, uma pinacoteca composta de sete telas retratando brinquedos populares concebidos pela limoeirense e artista plástica Róselis Alves ambienta o espaço dedicado ao Ponto de Memória que fica localizado à Avenida Severino Pinheiro, nº 329, em Limoeiro, no agreste setentrional distante 77 km da capital . A entrada será gratuita e a partir de 1 de agosto, data oficial da abertura, o funcionamento será sempre as quartas e sextas feiras e quinzenalmente aos domingos com inserção de programação cultural .

Fábio André, coordenador do Ponto, acrescenta que além da exposição será oferecida oficina de brinquedos confeccionados a partir de material reciclado de forma agenda para crianças e educadores de escolas em geral, ministrada pela artesã Edna Alves e Rosi Almeida.
Para o dia 22 de agosto, quarta-feira, às 19:30 horas,  na abertura oficial estarão presentes a gestora do Museu da Abolição e representante do IBRAM em Pernambuco,  educadores, gestores em educação, lideranças comunitárias e imprensa. 

Texto: Fábio André
Revisão: Cláudio Melo
Créditos: Hélder Santana/Divulgação
Departamento de Imprensa/PML 

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