quinta-feira, 11 de julho de 2013

Representantes do Governo de Pernambuco recebem manifestantes na Alepe


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Depois de quase três horas de caminhada, os manifestantes que marcharam na tarde desta quinta-feira (11) por importantes vias do Centro do Recife chegaram ao destino final da passeata, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e foram recebidos por uma comissão de representantes do Governo do Estado. O secretário de articulação social, Aluísio Lessa, e o secretário estadual da Casa Civil, Tadeu Alencar, convocaram sete representantes das centrais sindicais para uma reunião dentro da Alepe. O líder do Movimento Sem Terra (MST) em Pernambuco, Jaime Amorim, também participa do encontro.
Representantes das centrais sidicais reunidos com a comissão do governo
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Os trabalhadores chegaram por volta das 17h20 na Alepe para entregar a pauta de reivindicações das centrais sindicais. O encontro estava marcado para às 17h, depois de ser adiado por causa das fortes chuvas que atrasaram a chegada de muitos manifestantes na concentração. Os representantes do Governo chegaram com meia hora de atraso, o que causou apreensão entre os manifestantes. Muitos temiam que não seriam recebidos pela comissão, já que a Alepe estava fechada. Entre os convocados para participar da reunião estavam um representante da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Gustavo Walfrido, o presidente da CUT-PE (Central Única de Trabalhadores - Pernambuco), Carlos Veras, e o presidente da Força Sindical, Aldo Amaral. O líder da oposição na Alepe, o deputado estadual Daniel Coelho (PSDB), também está presente. 

 
Grupo chega à Rua da Aurora, próximo à sede da Alepe

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Com faixas, cartazes, bandeiras e trios elétricos, aproximadamente mil pessoas, segundo a SDS, reivindicaram principalmente por mais valorização das diversas categorias. A passeata também pretendia seguir com trios elétricos, mas segundo a organização da Força Sindical, o maior veículo foi proibido de circular na Conde da Boa Vista por causa de uma determinação municipal. Cerca de três trios elétricos menores foram autorizados a passar. Não houve registro de engarrafamento nas imediações da passeata das centrais sindicais.

SEGURANÇA - O secretário de Defesa Social, Wilson Damásio, afirmou que o Governo trabalha desde o começo desta quinta, quando as mobilizações tiveram início em Pernambuco, com um planejamento operacional padrão. Cerca de 1300 policiais militares foram convocados para trabalhar nos protestos em Suape e na passeata das centrais sindicais na capital pernambucana. 

Para a caminhada com destino à Alepe, a Secretaria de Defesa Social (SDS) mobilizou, em média, mil policiais. Cerca de 400 agentes acompanham a manifestação pelas ruas. O restante está espalhado em pontos estratégicos da cidade.

Até o momento, a SDS classifica a passeata como totalmente pacífica. Nenhuma ocorrência grave foi registrada, assim como nenhum ato de vandalismo foi identificado. O órgão reitera que, assim como após as últimas manifestações, a população pode ajudar o Governo a identificar pessoas que causem confusão ou depredem o patrimônio público. A denúncia deve ser enviada para o email: falecomasds@sds.pe.gov.br.

TENSÃO - No ínicio da caminhada do Dia Nacional de Luta na capital pernambucana, a organização das centrais sindicais chegou a pedir para representantes do Movimento Passe Livre (MPL), também presentes no protesto, que retirassem as máscaras. A Polícia Militar também interviu na conversa. Os jovens se negaram a retirar as máscaras, alegando que a vestimenta era uma característica do grupo. 

Alguns jovens do MPL afirmaram à reportagem do NE10 que os membros das centrais sindicais fizeram uma espécie de cordão de isolamento para afastá-los do percurso. Apesar do clima de tensão, a polícia não registrou nenhuma confusão entre os grupos.

NE10

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