'Jamais vou desistir de lutar', diz Dilma em discurso depois de ser afastada
(Foto: reprodução)
Cercada por dezenas de ex-ministros, parlamentares e servidores do Palácio do Planalto, a presidente afastada Dilma Rousseff fez nesta quinta-feira um pronunciamento à imprensa em que classificou o processo contra ela de "impeachment fraudulento".
Dilma Rousseff admitiu que pode ter cometido erros, mas enfatizou que
não cometeu crimes e que está sofrendo injustiça, a "maior das
brutalidades que pode ser cometida".
"Não cometi crime de responsabilidade. Não tenho contas no exterior,
jamais compactuei com a corrupção. Esse processo é frágil, juridicamente
inconsistente, injusto, desencadeado contra pessoa honesta e inocente. A
maior das brutalidades que pode ser cometida por qualquer ser humano:
puni-lo por um crime que não cometeu", disse.
Em falas interrompidas por aplausos e gritos de apoio, a presidenta
lembrou que foi eleita por 54 milhões de brasileiros e disse que o que
está em jogo não é somente o seu mandato.
"O que está em jogo não é apenas o meu mandato. É o respeito às urnas. À
vontade soberana ao povo brasileiro e à Constituição. São as conquistas
dos últimos 13 anos. O que está em jogo é a proteção às crianças,
jovens chegando às universidades e escolas técnicas. O que está em jogo é
o futuro do país, esperança de avançar cada vez mais. Quero mais uma
vez esclarecer fatos e denunciar riscos para país de um impeachment
fraudulento. Um verdadeiro golpe", declarou.
A presidenta saiu do Palácio do Planalto pela porta principal que fica
no térreo do prédio. Em um cercado próximo à rampa, servidores da
Presidência, em sua maioria mulheres, vão recepcioná-la e a acompanharão
até a avenida em frente ao Planalto, onde estão concentrados milhares
de manifestantes de apoio a ela. De cima de uma estrutura montada, Dilma
vai fazer outro discurso condenando o processo que classifica como
golpe.
JC Online/ ABr.
Nenhum comentário