No Recife, exposição sobre Niemeyer abre as portas no Parque Dona Lindu.
A Galeria Janete Costa, localizada no Parque Dona Lindu, no bairro de
Boa Viagem, recebe, até o dia 18 de março, uma exposição sobre seu
próprio criador, Oscar Niemeyer. A mostra “Niemeyer: arquiteto,
brasileiro, cidadão” traz à capital pernambucana um resumo da obra do
artista centenário, através de esculturas e réplicas de projetos
originais, desenhos e textos do próprio arquiteto, além de fotografias
produzidas por seu neto Kadu Niemeyer e depoimentos sobre sua obra e seu
engajamento político.
A mostra é uma realização da Secretaria de Cultura do Recife e marca as
comemorações de 104 anos de Niemeyer, celebrados no dia 15 de dezembro.
A curadoria da exposição é assinada por Marcus Lontra Costa e Jobson
Figueiredo Alves, e o design de montagem é de Eduardo Werneck. “Niemeyer
é um ícone da arquitetura mundial. A mostra é um retrato preto no
branco de um brasileiro que brigou com as retas e lutou em liberdade das
curvas. Além disso, ele é um dos poucos ícones que se manteve com a
mesma posição política, de luta e com visão humanística”, afirma Jobson
Figueiredo.
O arquiteto, que nasceu no Rio de Janeiro, ficou famoso pelas
construções inovadoras, de ruptura com traços clássicos. Entre seus
feitos, está o projeto de construção da capital do Brasil, Brasília, e
conjuntos arquitetônicos espalhados por cidades como Belo Horizonte,
Niterói e São Paulo. Algumas dessas obras estão representadas com
réplicas na mostra. Em Pernambuco, o Parque Dona Lindu é a única
construção projetada por Niemeyer. Além da Galeria Janete Costa, o
espaço também conta com o Teatro Luiz Mendonça.
Exposição fica aberta até março de 2012 (Foto: Divulgação)
O espaço é apontado como ideal para se falar da vida e obra do
arquiteto em uma mostra. “A galeria tem toda uma característica e as
condições de se preparar uma exposição que transmita as linhas curvas, a
sinuosidade. E também, hoje, o Parque Dona Lindu é uma realidade,
utilizado por todas as classes. É a democratização dos espaços públicos,
muito defendida por Niemeyer”, pontua Jobson.
A exposição também oferece aos visitantes o projeto Ação Educativo, que
conta com monitores capacitados para conduzir visitas em inglês,
espanhol, francês, alemão, italiano e na Linguagem Brasileira de Sinais
(Libras). Os textos da mostra também terão versão em Braille, atendendo
as pessoas com deficiência visual. Um mediador cego é quem irá conduzir
esses visitantes.
A entrada custa R$ 2,00 (inteira) e R$ 1,00 (meia-entrada). Grupos de
escolas e entidades sociais terão entrada gratuita, caso tenham agendado
previamente.
Fonte: G1
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